20 de agosto de 2007

Existe um dinossauro gorducho que está manco de três pernas e prestes a ficar sem a quarta: é o nosso correio. Como é um assunto que está relacionado a livros, quero usar algumas linhas para falar sobre ele. Se você for até uma agência qualquer para postar sua preciosa carta, pode ter algumas surpresas. Se a sua missiva tiver mais de 500 gramas, então deixa de ser missiva para se tornar pacote, mesmo não sendo um pacote. Isto é, o atendente tentará convencê-lo, de todas as cansativas formas, que você deve enviar imediatamente um sedex. Ora, sedex é um serviço especializado e, portanto, caro. Ou seja: ou você mata a sua inocente mosca com uma bomba atômica ou então volta triste para casa. Após meia hora em que enche sua cabeça de baboseiras, o funcionário dos Correios diz que você tem uma alternativa: pode remeter sua correspondência via encomenda normal. MAS, para isso terá de colocar suas “quinhentas” gramas numa caixa, “que a gente tem sim, custa só cinco reais”. Enviar um livro pelo correio? Caro. Tanto faz você mandar uma obra literária ou oito latinhas de fezes, o preço é o mesmo. Ah, o nosso correio é muito eficiente, podem argumentar alguns. Tá. Por que é que existe carta registrada? A leitura só pode ser uma: se você mandar carta simples, os Correios não garantem sua entrega ao destinatário. Como assim? Estou pagando por um serviço que não garantem prestar? Alguém acha barato postar uma carta no Brasil? Compare os preços com os de outros países e depois venha conversar comigo. E sem falar que, ao chegar em uma agência, você com aquela pressa costumeira, tem de agüentar a moça do caixa lhe oferecer tele-sena, CDs e outros mil produtos. É nisso que dá um monopólio, preços abusivos e serviço de má qualidade. Só uma dica: tente reclamar com o Ombudsman e terá uma surpresa.

Nenhum comentário: