27 de fevereiro de 2006

- Leí los cuentos - dice, aspirando el humo.
- Ahá.
- Están muy bien escritos.
- Hm.
Mónica da otra pitada y me mira directamente a lo ojos.
- Pero la verdad es que no sé qué es lo que tienen de especial. Todos los años se publican miles de cuentos como esos. No me parecen para nada originales.

Martin Rejtman, trecho do conto "Literatura", do livro "Literatura y otros cuentos", Ed. Interzona, 2005.

5 comentários:

Claudio Eugenio Luz disse...

Meu caro, mais uma vez você me obrigou a realizar uma pesquisa. Acabei descobrindo que, além de escritor, Martín é também cineasta!A minha santa ignorância vai diminuindo aos poucos.

hábraços

claudio

whisner disse...

claudio, bem-vindo ao clube... rsrs outro dia estava estudando alguns poemas de paul verlaine e achei um diálogo entre uma poesia do francês, ballade (en l´honneur de louise michel) e a também belíssima "a ballade of dreamland", de swinburne. vou colocar um trecho desta última, pois estou certo de que a de verlaine não lhe é estranha. daí foi um tapa na cara, de vez em quando é bom pra eu me colocar no meu lugar. o que eu tento, como vc, é, entre o berço e o túmulo, diminuir a amplitude da minha ignorância. abrações.

biografia disse...

Olá, Whisner. Trecho interessante. Já me senti muitas vezes como a Mônica. Estou, apesar de tudo, praticando narrativas curtas - quem sabe não recebo elogios como o dela?! ( sim, não creio que eu seja excepcional...)
Abraço,
DNY

whisner disse...

denny, o importante é pensar que o leitor não tem tempo de ler sempre a mesma coisa. a inovação é um dos maiores critérios de qualidade artística... acho que só se deve publicar aquilo que seja imprescindível ao leitor. mas aí vem a dúvida: o que é imprescindível, o que a gente julga que seja? obrigado pela visita.

biografia disse...

Whisner,

Talvez o que os editores acham... rs... eu, no caso, tenho vários inéditos aqui na gaveta, que acho todos imprescindíveis - para mim, para o leitor, e para a sociedade - mas nenhum editor acha o mesmo!!

Abraço,