25 de fevereiro de 2006

— Acho muito difícil um autor novo ter espaço num caderno de cultura sem que haja um fator externo, extra-literário, que o ponha no mapa. Pode ser um prêmio, ou um tema quente abordado no livro. Mas o fato é que aqui no Brasil é muito mais raro que um crítico diga que tal autor é realmente bom e a idéia seja encampada pelos cadernos. Lá fora isso é extremamente comum — afirma Luciana Villas-Boas, da Record. — O Amílcar Bettega Barbosa, por exemplo. Ninguém nos cadernos de cultura sabia quem ele era antes de ganhar o prêmio Portugal Telecom no fim do ano passado. Você duvida que o próximo livro dele vá ser olhado com mais atenção pela imprensa especializada agora?

Jornal "O Globo", Caderno "Prosa & verso", 25 de fevereiro de 2006.

2 comentários:

Claudio Eugenio Luz disse...

Mandou bem agora, meu caro.O artigo diz tudo sobre como, onde e quem vai aparecer nos cadernos de cultura; principalmente no eixo rio-sp. Alguma coisa extra-literaria precisa acontecer para os autores ganharem visibilidade. Enquanto isso não acontece, o destino é a invisibilidade de ser.

hábraços

claudio

p.s: vai estar na bienal de são paulo?

whisner disse...

claudio, mas eu ainda acredito que aqueles que têm talento não ficarão esquecidos eternamente. tantos exemplos tivemos em tantas artes.
estarei na bienal dias 18 e 19 e já ficarei em sampa para meu lançamento na fnac na segunda-feira, dia 20. vc tb estará por lá?
grato sempre pela visita.