3 de julho de 2006

Quando há neblina na pequena estrada do nordeste e os passos de alguém, aí, se assemelham a um ruído de pedra em toda a solidão das colinas verdes rasantes ao mar, à tristeza, ao mar outra vez, porque é o mar que aparece permanentemente nos sonhos - o mar e o medo, um medo grandioso como a vida toda que desaparece em cada cadáver que alguém cataloga.

Francisco José Viegas, em As duas águas do mar.

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