Essa história de clichê, de lugar-comum, atormenta os escritores, mas na verdade é difícil definir o que vem a ser essa aberração literária. Vejam a frase:
"É o que lhe peço com o coração nas mãos."
Não dá a impressão de ser um baita chavão? Se qualquer escritor hoje colocasse esse trecho em um conto ou em um texto, seria amaldiçoado. Mas não seu autor: Machado de Assis. Talvez que em 1872, ano em que foi publicada, "coração nas mãos" pudesse não ser uma frase batida, o que não creio.
O fato é que não há livro que não tenha suas metáforas duvidosas, suas construções incertas e não há mestre que consiga uma genialidade perene.
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