30 de dezembro de 2007

Poema

Porque parece a tez do oceano
o pano da tarde estende caravelas
no fundo do poema
como se nascessem ali
onde o mundo termina.

Porque nasce no que se ausenta
o oceano se perde
no fundo do verso
como se morresse ali
onde o tempo se esvai.

Porque não se percebe
a palavra se contém
no fundo da boca
como se fosse ali
onde a alma se exclui.

Álvaro Alves de Faria, no livro "Sete anos de pastor", lançado pela editora Palimage, de Portugal.

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