31 de março de 2007

VII

Aqui fiam as coisas.
O relógio
na nuca do silêncio.
Dois chinelos
confusos no tapete.
O corpo que habitei
junto ao sossego.
Suas ancas de tempo.

Aqui fiam as noites
e elas tecem
a humana residência
ou resistência.

Mas nós fiamos utdo
o que nos fiam
e tudo o que nos tiram.

Onde o amor
só de criar, nos cria.

Carlos Nejar. Trecho da poesia "Aqui ficam as coisas".

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