Li o seu comentário no Blog do Whisner, e concordo com o que disse a respeito do livro dele. Estou lendo A cidade devolvida; e também Tablados, do Luis Brandão. Se não conhece este último, recomendo. Uma experiência interessante.
Quanto ao tema do Whisner, acho-o fascinante. E percebo que ele, o autor, de certa maneira, simula na linguagem certos volteios labirínticos (como você mesmo percebeu) que parecem conduzir o leitor à confusão, dispersividade. Nisso, uma necessidade de rever roteiros a que se achar. Lembra-me, n'O Céu que nos protege, a idéia que Bowles sugere para se achar dentro de uma cidade: é antes preciso perder-se dentro dela. A partir desse centro vazio, da perda, uma recondução de coordenadas, que construam ordem ao caos, ou, se não ordem, aparatos perceptivos para reconhecer este caos com um olhar familiar (de que fala Ponty, em O Olho e o Espírito). Mas mesmo assim, perigosa e arriscada essa aposta, pois exige um leitor disposto e paciente. Aliás, perigo e risco corre quem se aventura a de fato conhecer uma cidade. O título é interessante também, a cidade é devolvida, como um refluxo de movimentos de expansão e contração cosmopoéticas que acabam devolvendo excessos (via linguagem ou imagens) encarregados por formar o próprio material de que todas as cidades são construídas (ou mesmo destruídas). "
Continuo com a leitura.
Um grande abraço: Assionara Souza
Mensagem da escritora Assionara Souza para a também escritora Carola Saavedra.
2 comentários:
Meu caro, peguei uma alergia que impediu-me de comparacer a sessão de autografos do menalton. Sigo por aqui, com os lábios inchados.
hábraços
claudio
putz... q coisa, cara... terrível, terrível. espero q melhore logo. azar tremendo.
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