30 de janeiro de 2006

Carola Saavedra, que lançou em 2005 o livro de contos "Do lado de fora", tem uma maneira de narrar que me agrada muito. Falei, ano passado, do livro dela para o Jornal do Brasil, quando ainda estava com paciência para escrever resenhas. Ela me enviou uma mensagem, sobre a qual comentei em algum post passado:


Oi Whisner,

desculpe a demora em responder, é que eu não queria escrever antes de acabar de ler o seu livro, e como A cidade devolvida não é leitura para se fazer rapidamente, precisei de bastante tempo.

Adorei o livro, muito. O que mais me chamou a atenção no seu texto é que ele não faz concessões, não é daquelas narrativas que pegam o leitor pela mão e vão mostrando o caminho através de setas, sinais luminosos, ao contrário, ele tem algo de labirinto, de abismo, como se a qualquer momento o leitor menos atento pudesse perder o equilíbrio e cair. Fui acompanhando a narrativa como quem tateia, um pouco às cegas, com os sobressaltos e entusiasmos que causam os caminhos inesperados, alguns deles, aliás, percorri muitas e muitas vezes, sem que nunca perdessem o seu quê de armadilha.

Enfim, foi um prazer.

Um grande abraço e a minha admiração

Carola

2 comentários:

Claudio Eugenio Luz disse...

Meu caro, mais uma vez você indica para mim um novo caminho.
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hábraços saudosos,
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claudio

whisner disse...

claudio, aos poucos vamos nos indicando caminhos, sinceramente, acho isso maravilhoso.