Pensei nos versos de Eugenio Montale, traduzidos para o português por Geraldo Holanda Cavalcanti assim: "O mundo existe... Um espanto pára/ o coração que sucumbe aos espíritos errantes,/ mensageiros da noite: e não pode acreditar/ que homens famintos possam ter sua festa." Seguindo as novas regras, fica: "Um espanto para o coração..." O leitor provavelmente ficará sem saber o que é este "para", a não ser que esteja de posse do original e que domine o italiano. A solução será traduzir de outro jeito. O original:
Il mondo esiste... Uno stupore arresta
il cuore che ai vaganti incubi cede,
messaggeri del vespero: e non crede
che gli uomini affamati hanno una festa.
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