Ana jamais experimentou qualquer sentimento natural de amor pelas crianças, como amava gatos, cães e uma patroa volumosa. Jamais chegou a gostar profundamente de Edgar nem de Jane Wadsmith. Preferia, naturalmente, o menino, pois os meninos gostam sempre mais que se cuide deles, que se zele pelo seu bem-estar e que se lhes dê bastante comida, enquanto que, em Jane, ela tinha de haver-se com o que esta possuía de feminino, a oposição sutil que tão cedo sempre se manifesta na natureza de uma menina.
Trecho de Três Vidas, de Gertrude Stein, em tradução de Brenno Silveira e José Paulo Paes.
24 de janeiro de 2007
7 de janeiro de 2007
3 de janeiro de 2007
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