22 de agosto de 2006

The stars are not wanted now: put out every one;
Pack up the moon and dismantle the sun;
Pour away the ocean and sweep up the wood,
For nothing now can ever come to any good.

W. H. Auden, trecho de Funeral Blues.

21 de agosto de 2006

Free Zone é um filme de 2005, dirigido por Amos Gitai, o famoso diretor israelense, que em 2004 filmou Bem-vindo a São Paulo. A película (Free Zone) não foi bem aceita pela crítica. Já presumi isso ao assistir à cena inicial: um close de Natalie Portman chorando durante quase oito minutos enquanto ao fundo a música Had Gadia, cantada por Chava Alberstain vai nos dando uma sensação de desespero. Had Gadia era cantada por nossos pais quando crianças: a velha história do pau que mata o cachorro que comeu o gato que comeu a ovelha que meu pai comprou por uns trocados. Apesar da presença de Portman, uma atriz medíocre, o filme é muito bom. As atrizes Hana Laszlo e Hiam Abbass estão estupendas e a câmera de mão em longuíssimos planos-seqüência retrata muito bem o caos no oriente médio.

18 de agosto de 2006

Le livre de la vie est le livre suprême
Qu'on ne peut ni fermer, ni rouvrir à son choix;
Le passage attachant ne s'y lit pas deux fois,
Mais le feuillet faltal se tourne de lui-même;
On voudrait revenir à la page où l'on aime,
Et la page où l'on meurt est déjà sous vos doigts.

Alphonse de Lamartine

7 de agosto de 2006

Havia lido há uns bons anos O complexo de Portnoy, do norte-americano Philip Roth. Na época tinha gostado bastante, mas foi só. Esta semana resolvi retomar a literatura de Roth e conheci O professor de desejo, Pastoral americana e Patrimônio. Encontrei os três em um sebo a um bom preço. Por enquanto basta. Daqui a alguns anos talvez volte a ler Philip Roth. Mas o que desejo escrever é que me impressiona essa capacidade dos escritores norte-americanos de fazerem, como é que diz o clichê?, é..., laboratório. Isso, laboratório. Quem lê Pastoral americana jura que o talentoso romancista é um expert em couros... Quer dizer, isso é que é realmente um bom escritor: alguém capaz de mascarar um conhecimento adquirido superficialmente e por necessidade. Já perdi a conta dos romances que li em que uma pesquisa malfeita e uma narrativa do tipo Ctrl + c Ctrl + v põem tudo, mas tudo mesmo, a perder. O que não me agrada é a semelhança entre John Updike e Philip Roth.