15 de junho de 2006

Achava belo, a essa época, ouvir um poeta dizer que escrevia pela mesma razão por que uma árvore dá frutos. Só bem mais tarde viera a descobrir ser um embuste aquela afetação: que o homem, por força, distinguia-se das árvores, e tinha de saber a razão de seus frutos, cabendo-lhe escolher os que haveria de dar, além de investigar a quem se destinavam, nem sempre oferecendo-os maduros, e sim podres, e até envenenados.

Trecho de Guerra sem testemunhas, de Osman Lins.

2 comentários:

Claudio Eugenio Luz disse...

Meu caro, espero que a revista já tenha chegado em suas mãos. Essa semana li muito sobre Lucio Cardoso.

hábraços

whisner disse...

ah, chegou sim. mil perdões por não ter acusado o recebimento antes. li a revista inteira e já estou em contato com o nilto, um sujeito bacana... li todos os seus minicontos, todos de qualidade indubitável... uma das grandes influências do lúcio foi o rosário fusco, que tentaram ressuscitar, mas não conseguiram...